“Muitas vezes, somos nós que não deixamos a vida ser simples. Porque precisamos espremê-la, mordê-la e arremessá-la contra o que nos convencemos serem nossos grandes poderes racionais? Nós violamos a inocência das coisas em nome da racionalidade para podermos seguir sem interrupção nossa busca por paixão e sentimento. É o longo, suave e falso deslizar casual pela vida que parece levar uma pessoa, mais cedo ou mais tarde, a dar de cara no muro. Eu nunca deslizei por nada, mas sempre me senti grata pela oportunidade de continuar tentando ver as coisas de um jeito mais alegre. De toda forma, a esta altura, não restava mais muita coisa a temer. Eu queria estar num lugar onde ninguém estivesse golpeando minha nova vida com antigas dores, fustigando-a com um cinto de couro. Quero viver longe dessas banalidades do mundo. Dessa exaustiva realidade que é o mundo cruel. Guardei minha dor dentro de uma caixinha de cristal, e apartir de agora eu quero mais risos pra colecionar. Quero ser feliz loucamente. Cansei de bater o pé dizendo que nada muda, vou fazer mudar agora. Fazer a vida valer a pena, desencanar mais dos problemas, sorrir com mais facilidade. A vida é para poucos, a vida é rápida. Não dá pra ficar nela só de passagem, tem que marcar. Então viva e deixe viver.”
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